sexta-feira, 8 de junho de 2012

Atividade 3 – A ambiguidade como estratégia argumentativa

Queridos alunos se organizem em duplas e analisem a campanha publicitária promovida em 2011 no Brasil, pelo Denatran, visando reconhecer um processo de construção linguístico-argumentativa, em que a utilização da polissemia gera ambiguidade e produz determinados efeitos de sentido. 

A campanha foi promovida para conscientização de motoristas durante o Carnaval .


Cada dupla deverá analisar um dos anúncios publicitários e façam a conclusão da atividade, no sentido de associar os seguintes aspectos: polissemia, ambiguidade, efeitos de sentido, estratégia argumentativa.

Para responderem às questões abaixo analise as propagandas onde ocorrem polissemia e ambiguidade:

1)    “A melhor pegada do Carnaval”: 

* disponível em: <http://blog.planalto.gov.br/um-alerta-contra-bebida-e-transito-para-os-jovens-do-rio-salvador-olinda-e-recife/>. Acesso em: 08 de junho 2012.


* disponível em: <http://www.pt-sp.org.br/noticia/?acao=vernoticia&id=3405>. Acesso em: 08 de junho 2012.

2) Após lerem atentamente os anúncios publicitários , respondam:

a) Identifiquem de que forma a polissemia está manifestada nesses anúncios e expliquem-na.

b) A presença da polissemia provocou ambiguidade nos textos? Expliquem.

c) Qual o efeito de sentido gerado pela presença da ambiguidade nesses anúncios?

d) Vocês consideram que essa campanha publicitária é original e convincente?

e) Pode-se considerar que o uso da ambiguidade foi importante para a criação de sentidos da campanha? Esse uso pode ser entendido como uma estratégia argumentativa? Expliquem.


3) Apresentem suas conclusões aos colegas.      

Atividade 2

2 – Colocando em prática as noções de ambiguidade e polissemia

Alunos continuem organizados em grupos de três. A proposta desta etapa da aula é aprofundarem o conhecimento em relação ao tema da aula. Vocês deverão acessar o blog “Análise de textos” e cada grupo deverá ler dois tópicos.

http://www.analisedetextos.com.br/search/label/Ambiguidade%20e%20polissemia


1) Nesse blog, vocês terão acesso a seis pequenos tópicos que abordam o tema ambiguidade e polissemia.São eles:
A) Como a ambiguidade pode matar seu texto;

B) Três ótimos exercícios sobre ambiguidade;

C) Ambiguidade nas tirinhas de “Hagar, o terrível”;

D) Exercício sobre ambiguidade e clareza;

E) A polissemia da palavra “chaninha”;

F) Ambiguidade é mesmo um problema na interpretação?


2)    Em relação ao 1º tópico, “Como a ambiguidade pode matar seu texto”, façam o que se pede:
a) Identifiquem as diferentes causas da ambiguidade apresentadas pelo autor do texto e expliquem-nas.
b) Para cada causa de ambiguidade citada acima, construam um exemplo de frase ambígua e a solução para desfazer a ambiguidade, como foi apresentado no texto.


3)    Quanto ao 2º tópico, “Três ótimos exercícios sobre ambiguidade”:
a) Respondam aos três exercícios propostos;
b) Expliquem cada frase ambígua existente nos exercícios, indicando as duas possibilidades de serem interpretadas.


4)    Em relação ao 3º tópico, “Ambiguidade nas tirinhas de ‘Hagar, o terrível’”:
a) Leiam a tirinha e identifiquem a ambiguidade existente nela.
b) Expliquem a causa da ambiguidade existente e quais sentidos podem ser reconhecidos na tira.


5)    Quanto ao 4º tópico, “Exercício sobre ambiguidade e clareza”, respondam:
a) Identifiquem a ambiguidade existente nas quatro frases propostas (de a até d), expliquem quais os dois sentidos possíveis e reescrevam essas frases desfazendo a ambiguidade.


6)    Em relação ao 5º tópico, “A polissemia da palavra ‘chaninha’”:
a) Identifiquem os sentidos possíveis para a palavra “chaninha” apresentados pelo autor.
b) Vocês conhecem outros significados para essa palavra? Se sim, citem-nos.
c) Expliquem o motivo da polêmica gerada pela utilização dessa palavra na cartilha citada pelo autor. Considerem os estudos feitos sobre polissemia.


7)    Observem o 6º tópico, “Ambiguidade é mesmo um problema na interpretação?”, e respondam:
a) Leiam o texto presente nesse tópico e identifiquem a polissemia e a ambiguidade existentes no texto.
b) Expliquem qual a importância da polissemia e da ambiguidade para a produção de sentidos desse texto.


8)    Apresentem suas respostas aos colegas.


Ambiguidade e Polissemia - Atividade 1

 Conhecendo a polissemia e a ambiguidade 

Alunos se organizem em grupos de três grupos. Assistam o vídeo disponível abaixo, conceitue e de exemplos de polissemia e ambiguidade. Dois grupos apresentam suas respostas à 2ª e à 3ª questões e o outro grupo de exemplos criados na 3ª questão.


Exercício 1
Para responderem às questões abaixo, assistem ao vídeo e definam “Ambiguidade e polissemia  com exemplos”.
1) O vídeo “Professor explica o que significa ambiguidade e polissemia” (Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=V_LO2TXF-_4&feature=related>. Acesso em: 08 de junho 2012.

2) Baseando-se na exposição feita no vídeo, responda:

a) O que são ambiguidade e polissemia?

b) Quais são os exemplos de ambiguidade e polissemia apresentados no vídeo? Cite-os.

c) Por que esses dois temas foram apresentados juntos no vídeo? Qual relação é possível estabelecer entre eles?


3) Criem outros exemplos de frases que contenham ambiguidade e polissemia.


4) Apresentem suas conclusões aos colegas.

Como a ambiguidade pode matar seu texto. Cuidado!!!

Sempre que falo em sala de aula sobre ambiguidade, trato disso como um erro que prejudica um texto. Isso decorre do fato de eu sempre “ensinar” como se escreve um bom texto. A ambiguidade é sim um problema que os textos podem apresentar e que se configura como um ruído da comunicação. Vejam o texto abaixo o que uma interpretação pode fazer:

AMBIGUIDADE É MESMO UM PROBLEMA NA INTERPRETAÇÃO?

Desconheço a procedência do texto, mas já o usei diversas vezes em aula para explicar o que é ambiguidade e também polissemia. Por enquanto,  fiquem com um belo exemplo de texto cuja confusão nas construções sintáticas e no vocabulário provoca um certo efeito de humor.

Em certa ocasião, uma família britânica foi passar as férias na Alemanha. No decorrer de certo passeio, os membros da referida família encontraram uma pequena casa de campo que lhes pareceu ótima para passarem as férias de verão. Conversaram com o proprietário, um pastor protestante, e pediram que lhes mostrasse a casa. A residência agradou aos visitantes ingleses que combinaram de ficar com ela para o verão próximo. Regressando à Inglaterra, discutiram muito sobre a planta da casa, quando, de repente, a senhora lembrou-se de não ter visto o WC. Confirmando o senso prático dos ingleses, escreveram para o pastor para obter tal pormenor. A carta foi assim redigida:
“Gentil pastor, sou membro da família que há pouco tempo o visitou, com a finalidade de alugar a sua casa no próximo verão, mas como nos esquecemos de um detalhe muito importante, agradeceríamos se nos informasse onde se encontra o WC.”
O pastor alemão, não compreendendo o sentido da abreviatura WC e julgando tratar-se da capela da seita inglesa White Chapel, assim responde:
“Gentil senhora, recebi a sua carta e tenho o prazer de lhe comunicar que o local a que se refere fica a 12 km da casa. Isto é muito cômodo, sobretudo se tem o hábito de ir freqüentemente. Neste caso é preferível levar comida para ficar lá o dia todo. Alguns vão a pé, outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 em pé. O ar condicionado é para evitar inconvenientes comuns nas aglomerações. Os assentos são de veludo e recomenda-se chegar cedo para arrumar lugar sentado. As crianças permanecem ao lado dos adultos e todos cantam em coro. À entrada, é fornecida uma folha de papel a cada pessoa, mas se chegar depois da distribuição pode usar a folha do vizinho ao lado. Tal folha é restituída à saída para ser usada durante o mês. Existem amplificadores de som e tudo o que se recolhe é para as crianças pobres da região. Fotógrafos especiais tiram flagrantes para os jornais da cidade, de modo que todos possam ver seus semelhantes no cumprimento de um dever tão honrado!”
como usar o verbo fazer e o verbo haver

ENTENDA TUDO SOBRE AMBIGUIDADE

A ambiguidade pode ser usada para obter um efeito de sentido no receptor. Se ela for produzida de forma involuntária e não tiver essa finalidade como recurso textual, será considerada indevida e inadequada por dificultar a compreensão do texto pelo interlocutor.
Para obter coesão e coerência é preciso, portanto, evitar essa ambiguidade, causada por pontuação imprópria, por problemas de construção textual e por emprego de palavras com mais de um sentido, que podem gerar, de forma não intencional, mais de uma possibilidade de interpretação. Veja este exemplo:
O computador tornou-se um aliado do homem, mas esse nem sempre realiza todas as suas tarefas.
O sentido da frase ficou ambíguo, porque as palavras esse e suas podem referir-se tanto a "computador" quanto a "homem". Tanto este quanto aquele podem não realizar o seu trabalho por completo.
Para que não ocorra ambiguidade, pode-se escrever essa frase assim:
O computador, apesar de ser um aliado do homem, não consegue realizar todas as tarefas humanas.
O exemplo que eu dei poderia ter sido encontrado em qualquer blog que tivesse como objetivo falar sobre os avanços na área de tecnologia. Para evitar que isso ocorra, observe alguns casos frequentes de ambiguidade, que podem ser problemáticos, e os sentidos possíveis de cada frase:
a)  Problemas com o uso de pronomes possessivos
Raquel preparou a pesquisa com Sílvio e fez sua apresentação. (Raquel fez a sua apresentação ou a de Sílvio?)
•  Raquel e Sílvio prepararam a pesquisa, e ambos fizeram a apresentação.
•  Raquel e Sílvio prepararam a pesquisa, e ele fez a apresentação dele.
•  Raquel e Sílvio prepararam a pesquisa, e ela fez a apresentação dela.
b)  Problemas com o uso de pronomes relativos
Visitamos o teatro e o museu cuja qualidade artística é inegável. (É o teatro ou o museu que possui qualidade artística?)
• Visitamos o teatro e o museu, os quais têm qualidade artística.
• Visitamos o teatro e o museu, e aquele tem qualidade artística.
• Visitamos o teatro e o museu, e este tem qualidade artística.
c)  Colocação inadequada de palavras
O cliente aborrecido recusou o vinho por causa da safra. (O cliente era aborrecido ou ficou aborrecido naquele momento?)
• O cliente recusou aborrecido o vinho por causa da safra.
• O cliente, que era aborrecido, recusou o vinho por causa da safra.
d)  Sentido indistinto entre agente e paciente
A recepção dos noivos foi no salão do clube. (A recepção foi oferecida pelos noivos ou eles foram recepcionados?)
• A recepção foi oferecida pelos noivos no salão do clube.
• Os noivos foram recepcionados no salão do clube.
e)  Uso indistinto entre o pronome relativo e a conjunção integrante
O motorista falou com o passageiro que era gaúcho. (O motorista era gaúcho ou o passageiro?)
• O motorista disse que era gaúcho ao passageiro.
• O motorista conversou com o passageiro gaúcho.
f)   Problemas com o uso de formas nominais
O pai viu o filho chegando em casa bem tarde. (Quem chegou em casa bem tarde: o pai ou o filho?)
• O pai viu o filho que chegava em casa bem tarde.
• O pai, ao chegar em casa bem tarde, viu o filho.
Você conhece situações em que a ambiguidade é desejável? Alguma piada que seja baseada na ambiguidade? Deixe-a aí nos comentários.

Três ótimos exercícios sobre ambiguidade

Como todos sabem, ambiguidade é um vício de linguagem no qual identificamos mais de um sentido num enunciado. Com essa definição simples, introduzo os próximos exercícios. Bons estudos.

exercicio_portugues_gabarito (11) 
Exercícios sobre ambiguidade

01 – Não há ambiguidade na  frase:
a) Estivemos na escola da cidade que foi destruída pelo incêndio.
b) Câmara torna crime porte ilegal de armas.
c) Vi  o acidente do barco.
d) O policial prendeu o ladrão em sua casa.

2 – Indique a ambiguidade das frases a seguir.
a) João e Maria vão casar-se .
b) Eu e ela viemos de carro.
c) O juiz declarou ter julgado o réu errado.
d) Comi um churrasco num restaurante que era gostoso.
e) Não gostei da pintura da minha irmã.

3- Reescreva as frases , eliminando as ambiguidades.
a) A empregada lavou as roupas que encontrou no tanque.
b) Se você tivesse ido à festa com José, encontraria sua namorada.
c) Você deve esperar seu irmão e levá-lo em seu carro até o hospital.
d) Em casual encontro com Júlia , Pedro fez comentários sobre os exames.
e) André foi com o amigo à casa do professor.

Saiba mais sobre ambiguidade e polissemia

Há polissemia quando uma palavra pode ter mais de um significado.
Veja exemplos na aula em vídeo. Ambiguidade ocorre quando a colocação de uma palavra em uma frase leva a múltiplas interpretações do mesmo enunciado. Repare nessa frase: 'Crianças que têm boa educação frequentemente são mais sadias'. "O modo como está colocada a palavra 'frequentemente' leva a ter dúvida sobre o sentido da frase", diz Valladares. A posição de determinados advérbios é um dos segredos para não construir frases com sentido ambíguo.

Já a polissemia, ocorre quando uma palavra tem mais de um significado, como é o caso de 'prato' e 'manga'. “Sem um contexto, a palavra manga pode lembrar fruta ou manga de camisa”. Assista ao vídeo e veja a aula completa.  Acesse: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=V_LO2TXF-_4 

Novas Tecnologias na Educação

Notícias

 

Lousa digital, carteiras eletrônicas e animações em 3D: ferramentas da escola do futuro

Profª Thaís Rochefort
Profª Thaís Rochefort


Vídeos

Video-aula mostra como funciona software tridimensional que já está sendo utilizado em 230 escolas.

Video-aula mostra como funciona software tridimensional que já está sendo utilizado em 230 escolas.

No quadro negro, as imagens se movimentam com o toque das mãos. Nas tradicionais carteiras, além de cadernos e lápis, as crianças podem acessar a internet. A cena que parece ser de um filme de ficção científica está mais real do que se imagina. Essas e várias outras tecnologias já estão sendo utilizadas em escolas brasileiras.
Em Pelotas (RS), a Escola de Ensino Fundamental e Médio Mário Quintana já aderiu às lousas digitais desde junho do ano passado. Segundo a professora de língua portuguesa da escola, Thaís de Almeida Rochefort, a ferramenta permitiu que os alunos dessem “vida aos conhecimentos”. “Assuntos antes tratados de maneira menos interativa, agora fazem com que os alunos se sintam parte deles, co-autores”, explica.
Ela e outros professores têm recebido treinamentos constantes para se adaptar à nova tecnologia. “A cada aula descobrimos novas possibilidades de tornar a escola mais próxima e significativa”, conta, ao ressaltar que a reação dos alunos não poderia ser mais positiva.
Um exemplo de programa que pode ser utilizado na lousa digital é o software em três dimensões. Com ele, os professores podem elaborar aulas interativas, revelando o interior de uma célula, o relevo de um mapa, ou até mesmo os músculos do corpo humano. Basta, por exemplo, tocar o dedo na tela para o sistema solar aparecer e se movimentar.
Desenvolvido pela empresa P3D, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), o software já está sendo utilizado em 200 escolas privadas e 30 públicas no Brasil. O programa não tem texto, nem guia de voz, somente imagens de grande qualidade gráfica. Segundo a professora Jane Vieira, executiva da P3D, esta característica é uma vantagem porque as imagens podem ser usadas com qualquer material didático, independentemente de filosofia, pedagogia e didática. Jane Vieira garante que em breve o instrumento será oferecido em software livre, o que permitirá que todas as escolas utilizem gratuitamente.
Já no município de Serrana (SP), cidade próxima a Ribeirão Preto, as carteiras eletrônicas são a novidade. Conhecidas como Lap Tup-niquim, elas dispõem de uma tela sensível a toques, sobre a qual se pode escrever, fazer desenhos ou equações. O tampo pode ser levantado, e abaixo dele fica um teclado, caso seja necessário digitar. A CPU do computador fica acoplada embaixo da carteira.
Desenvolvidas em parceria pelo Centro de Pesquisas Renato Archer (Cenpra), de Campinas, instituição do Ministério da Ciência e Tecnologia, e pela Associação Brasileira de Informática (Abinfo), empresa abrigada na Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec), cerca de 300 carteiras eletrônicas já estão sendo utilizadas na Escola Municipal Maria Celina. De acordo com Victor Mammana, idealizador do projeto, o diferencial da carteira é justamente a superfície de interação. “Como diz Bill Gates, a próxima revolução não será de conteúdo nem da forma de apresentá-lo, mas, sim, da maneira como o corpo humano irá interagir com a tecnologia”, afirma. O projeto tem apoio da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação.
(Renata Chamarelli)

Ambiguidade

Cobertura do Oscar e a ambiguidade nossa de cada dia

Nesta semana foi publicado no blog Análise de Textos um post em que abordava a ambiguidade nos recados publicados em algumas paróquias. Rendeu-me comentários engraçadíssimos em sala de aula, principalmente na Suplência, pois eles já haviam visto coisa parecida. E não é que eu ri por causa da ambiguidade da brincadeira.
Alegre
Vejam só a cobertura do Oscar 2012.
cobertura do oscar

A história da língua portuguesa

História e evolução da língua portuguesa
          O surgimento da Língua Portuguesa está profunda e inseparavelmente ligado ao processo de constituição da Nação Portuguesa. Na região central da actual Itália, o Lácio, vivia um povo que falava latim. Nessa região, foi posteriormente fundada a cidade de Roma. Esse povo foi crescendo e anexando novas terras ao seu domínio. Os romanos chegaram a possuir um grande império e, a cada conquista, impunham aos vencidos os seus hábitos, as suas instituições, os seus padrões de vida e a sua língua.          Existiam duas modalidades de latim: o latim vulgar (sermo vulgaris, rusticus, plebeius) e o latim clássico (sermo litterarius, eruditus, urbanus).
          O latim vulgar era somente falado. Era a língua do quotidiano, usada pelo povo analfabeto da região central da actual Itália e das províncias: soldados, marinheiros, artífices, agricultores, barbeiros, escravos, etc. Era a língua coloquial, viva, sujeita a alterações frequentes e por isso apresentava diversas variações.
         O latim clássico era a língua falada e escrita, apurada, artificial, rígida; era o instrumento literário usado pelos grandes poetas, prosadores, filósofos, retóricos. A modalidade do latim que os romanos acabavam por impor aos povos vencidos era a vulgar; estes povos eram muito diversificados e falavam línguas muito diferentes, por isso em cada região o latim vulgar sofreu alterações distintas, o que resultou no surgimento dos diferentes romanços (do latim romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"), que deram posteriormente origem às diferentes línguas neolatinas.
        Seja como for, será errado considerar Latim Urbanus e Latim Vulgaris como duas línguas diferentes. Do mesmo modo que não será correcto estabelecer-se entre estas duas denominações uma diferenciação assente na oposição entre língua escrita e língua falada, uma vez que ambas eram utilizadas quer por escrito, quer oralmente.           Os próprios Romanos distinguiam já sermo urbanus (linguagem culta) de sermo vulgaris ou sermo plebeius (linguagem popular ou corrente). Cícero, nas suas Cartas, além de empregar certos vulgarismos, comprazia-se com o uso da linguagem da vida quotidiana (cotidianis verbis). E também Catulo e Petrónio deram foros de literário ao latim vulgar.Texto disponível em: 
http://esjmlima.prof2000.pt/hist_evol_lingua/R_GRU-B.HTM Acesso em 08 de junho de 2012.